Cédric Durand: “O virtual não pode ser tudo, porque se for tudo, a vida não faz sentido”

Cédric Durand (França, 1975) prefere explicar a abstração do mundo digital, a instância intangível do virtual, a partir da materialidade de um território. Na escrita desse economista francês, cada tela contém um universo parcelado que pode ser definido como um império imobiliário. O exemplo mais rapidamente comprovável dessa afirmação está nos aplicativos do Google instalados na maioria dos telefones celulares. Isso significa que esse poder que a experiência digital parece dar a cada indivíduo, na verdade, pertence a um grupo de empresas que cercaram essa esfera virtual para marcar os percursos dos usuários nas redes sociais, nos programas que utilizam para suas tarefas cotidianas, e as buscas que realizam quando querem conseguir informação ou se deslocar pela cidade [ mais ]